sábado, 31 de outubro de 2009

OLEO DO MOTOR



Componente fundamental

Grandes dúvidas e mitos giram em torno da troca de óleo: qual o tempo ideal para fazê-la? Qual o nível correto do óleo no carro? Por que o lubrificante fica escuro com o uso? O motor deve estar quente ou frio na hora da troca?

Essas são algumas das muitas perguntas que envolvem o assunto. Além de ser responsável pela lubrificação interna do motor, o óleo auxilia na manutenção da temperatura ideal para o funcionamento do veículo e minimiza o atrito das peças metálicas que compõem a máquina. Por isso, é um item de grande importância para a perfeita utilização do automóvel.

De acordo com Fábio Ferreira, vice-diretor do comitê de veículos de passeio da Sociedade dos Engenheiro da Mobilidade (SAE Brasil), é importante que o motorista fiscalize a troca e o nível do óleo no motor não deve ser mínimo nem máximo. Ele ainda explica que a checagem do óleo deve ser feita semanalmente pelos motoristas.

"O nível correto se encontra entre os dois traços e não só no traço superior. Se o óleo fica acima do nível, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas", explica.

Segundo o consultor de lubrificantes automotivos, Ênio do Nascimento Filho, a quilometragem ideal para realizar a troca não deve estar apenas atrelada ao recomendado pelo manual do veículo.

"O tempo para troca varia conforme a forma de dirigir do motorista. Por garantia, quem usa óleo mineral deve fazer a troca a cada 5.000 km. Para óleo sintético ou semi-sintético, o ideal é substituí-lo a cada 7.000 km a 7.500 km", garante o especialista.

De acordo com ele, os donos de carros devem ficar atentos a um tipo de picaretagem comum em postos de combustíveis, onde o frentista tenta convencer o cliente a colocar um aditivo para o óleo lubrificante, que melhoraria o seu desempenho e reduziria o desgaste.

"Os óleos de qualidade, do tipo API SG, SH, SI, SJ, SL e SM, já vêm aditivados na quantidade certa, não necessitando de mais nada".

FLUIDO DE FREIOS



Muito se ouve sobre os fluidos de freio, norma DOT, mas pouca gente sabe que além de ter um padrão determinado pela temperatura, o fluido de freio precisa ser trocado periodicamente.

A importância da troca do fluido de freio, deve-se ao fato do fluido de freio ser higroscópico, ou seja, possuir a característica de absorver a umidade existente no ar, ocasionando a diminuição do ponto de ebulição do fluido e portanto, ficando ainda mais sujeito ao fenômeno conhecido como tamponamento. O fluido de freio é um produto perecível e sua composição (estrutura) química é alterada com o passar do
tempo devido ao excesso de calor e a mudança brusca de temperatura

TAMPONAMENTO - Ocorre quando o calor gerado pelo atrito entre a pastilha e o disco do freio no momento da frenagem é transferido para o fluido, o qual sofre aquecimento até atingir o estado de ebulição e em função da alta temperatura do circuito surgem bolhas de ar no sistema de freio resultando em falha no sistema o veículo não para.

DOT: Department of Transportation (Departamento de transportes – EUA). Grau determinado para o ponto de ebulição:

DOT 3 Acima de 205 ºC
DOT 4 Acima de 230 ºC
DOT 5 Acima de 260 ºC

MANUTENÇÃO - Quando o fluido atingir o nível mínimo indicado em seu reservatório recomendo que seja feita as seguintes inspeções: espessura da pastilha, espessura do disco de freio, e possíveis vazamentos no circuito. (tubulação, cilindro mestre e pinça).

Nota: A empresa TRW recomenda a troca do fluido de freio a cada 12 meses, ou toda vez que for fazer algum tipo de reparo, ou o que ocorrer primeiro.